O rádio fez parte de meu currículo profissional a partir de janeiro de 1991. Estava de férias em Enseada, praia de São Francisco do Sul, passeando com a esposa e cunhados numa noite de muito calor, quando chega perto de nós um Tempra branco. Andar devagar era uma prática de todos os motoristas para apreciar as diversas belezas da orla, mas chegar do meu lado e dizer quase sussurrando: "Preciso falar com você". Ai consegui reparar que conhecia o condutor. Era José Mira, na época repórter da RBSTV e que comandava a equipe de esportes da Difusora.

A proposta era para ser o repórter de esporte amador na AM 1480. Seria simples se tivesse intimidade com o microfone, pois escrever era meu território. Desafio aceito pelo fato de representar reforço no orçamento familiar. Naquela ocasião, estava há um ano longe das redações de jornais. Para o primeiro dia, no programa das 18h30, levei três assuntos para noticiar, que em jornal poderiam fechar uma página. Dos 15 minutos que tinha pela frente, ficaram restando uma eternidade para completar minha participação.

A situação foi sendo contornada com o passar do tempo. Nunca me imaginava na frente de um microfone por não ter uma voz possante. Foi um tempo agradável, sendo reconhecido pelos ouvintes. Um deles foi Pedro Marques, da região do bairro Morro do Meio, que passou a ser amigo e patrocinador durante o ano de 1992 com o seu Recanto Lagoa.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea de textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes.